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05 de setembro de 2016
 
Museu de congonhas tem agenda cultural especial no jubileu

Tradicional festa da cidade, que reúne anualmente cerca de 200 mil visitantes, acontecerá entre os dias 7 e 14 de setembro. Peregrinos terão contato pela primeira vez com o recém-inaugurado Museu de Congonhas, primeiro museu de sítio do país.

 

Exposição fotográfica do francês Marcel Gautherot trará imagens inéditas de Congonhas durante o Jubileu na década de 1940. Exposição é fruto de parceria do Museu com o IMS.

 

 

Belo Horizonte, agosto de 2016 - A maior peregrinação religiosa de Minas e uma das que mais atraem fiéis do Brasil, o Jubileu de Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas, este ano ganha uma atração a mais: o Museu de Congonhas. A instituição, inaugurada há oito meses para potencializar a compreensão do sítio histórico no qual está inserido e ampliar a compreensão desta devoção, preparou uma ampla agenda cultural para receber os cerca de 200 mil visitantes e romeiros que chegam ao município nesta época. São exposições, apresentações artísticas, programas de rádio e ações educativas que tem um único objetivo: oferecer aos fiéis uma nova experiência mesclando arte, fé e devoção.

 

A programação traz alguns destaques. Há 70 anos, o fotógrafo francês Marcel Gautherot (1910-1996) esteve em Congonhas durante o Jubileu e se impressionou com o que viu. A manifestação de fé popular e a arquitetura histórica daqueles tempos, o levou a realizar um dos maiores ensaios fotográficos da carreira: são cerca de 1 mil fotos que registram, em rara beleza estética e sensibilidade, este momento especial quando Congonhas recebe milhares de pessoas em busca de uma aproximação do universo sagrado. Para celebrar a obra deste grande artista, o Museu de Congonhas vai inaugurar no dia 7 de setembro, início do Jubileu, a exposição inédita “Congonhas por Gautherot”, com curadoria do diretor do Museu, Sérgio Rodrigo Reis.

 

Fruto de uma parceria inédita com o Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro, a mostra exibirá, numa sala de projeções especiais, um acervo precioso pinçado da obra de Gautherot.  As cenas terão tratamento especial. Além da íntegra das imagens, o acervo foi retrabalhado e, em alguns momentos, vai oferecer ao visitante a inédita experiência em Minas da magnificação. Trata-se de um recurso de alta tecnologia que dará ao visitante uma sensação de imersão pelas paisagens e os detalhes retratados nas cenas. O momento coincide com especial reconhecimento da obra do fotógrafo. Atualmente, o seu acervo encontra-se em exibição na Maison Européenne de la Photographie (MEP), em Paris, na França, cidade onde ele nasceu. Nos próximos dias, O Câmera Sete, em Belo Horizonte, também receberá uma exposição do artista.

 

Gautherot viveu a maior parte de sua vida no Brasil e trabalhou com nomes fundamentais da cultura brasileira, como Rodrigo Melo Franco e Lucio Costa, no Serviço Nacional do Patrimônio (Sphan); Edison Carneiro, na Comissão Nacional de Folclore; Oscar Niemeyer, fotografando os principais projetos do arquiteto, incluindo a construção de Brasília; e Roberto Burle Marx, documentando seus projetos de paisagismo mais importantes.

 

Adquirida pelo Instituto Moreira Salles em 1999, a obra completa de Marcel Gautherot compõe-se de cerca de 25 mil imagens, que abrangem muitos temas – o folclore brasileiro, a arquitetura moderna e barroca, a natureza do país e sua paisagem humana –, situando Gautherot entre os nomes fundamentais da fotografia brasileira no século 20. Além de Gautherot, a parceria com o Instituto Moreira Salles permitirá outras exposições ao Museu de Congonhas. Em outubro está prevista a inauguração da mostra “Luz, Cedro e Pedra”, do fotógrafo argentino Horácio Coppola (1906-2012), que passou por Congonhas faz algumas décadas registrando as tradições e arquitetura com um olhar diferenciado para o patrimônio material e imaterial do lugar.

 

O Jubileu de Bom Jesus de Matosinhos

O Jubileu de Congonhas existe há 260 anos. Em 1757, o português Feliciano Mendes chegou a Congonhas e fundou nestas terras uma das maiores devoções do Brasil: a de Bom Jesus de Matosinhos. Acometido por grave enfermidade, fez uma promessa (um voto), que caso obtivesse a cura, dedicaria o resto da vida a criar uma devoção semelhante à da terra natal. Assim foi feito. Para pagar o milagre, chamou o maior escultor da época – Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho –, encomendando-o um ex-voto: a construção do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, exemplo máximo da representação da arte e fé no País, que elevou o local ao título de “Patrimônio Cultural Mundial”.

 

Feliciano Mendes fez um oratório com a imagem de um crucifixo a assentou uma cruz no alto do Morro Maranhão, em Congonhas. Naquela época, conseguiu as autorizações eclesiástica e régia para construir o Santuário. Feliciano morreu em 1765, quando a construção do Santuário já havia sido finalizada. Seus sucessores deram prosseguimento às obras do Conjunto, que se estenderam até o século 19. O “Oratório de Feliciano Mendes”, peça seminal da devoção, desde aquela época, permaneceu sob a guarda da Igreja, porém sem visitação pública e distante dos fieis. Pela primeira vez na história, o Oratório poderá ser visitado durante o Jubileu, em uma exposição no Museu de Congonhas.

 

Agenda especial para o Jubileu

Os visitantes que passarem por Congonhas no Jubileu serão recebidos, todas as noites, também com uma agenda cultural musical. Entre os dias 7 e 14 de setembro, sempre às 20h, em frente ao Museu de Congonhas, vai ser montada uma estrutura para apresentações musicais com participações das bandas da Polícia Militar de Minas Gerais, da Secretaria Municipal de Educação e da Roda de Violeiros – tradicional programa de rádio transmitido ao vivo com participação de artistas populares. Para encerrar a festa, está programada uma versão especial do projeto Caixa Acústica, desta vez no anfiteatro do Museu, com Dona Jandira e Túlio Mourão.

 

SERVIÇO

Jubileu de Bom Jesus de Matosinhos - Museu de Congonhas

Programação especial – Maior peregrinação religiosa de Minas

De 7 a 14 de setembro - com exposições, ações educativas, shows e intervenções musicais.

Todas as atrações são gratuitas. Neste período a entrada do Museu será gratuita.

Informações: (31) 3731-3979



(Fonte: Árvore Comunicação)

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